terça-feira, 28 de outubro de 2008

Assalto em casa na Rua 10

Quem mora próximo da Madeireira Prima, percebeu que pouco depois das 13h um helicóptero da Polícia Militar ficou sobrevoando por vários minutos a região, provavelmente em busca aos bandidos. A seguir a notícia do Jornal de Brasília de 27/10/2008:

Dona de casa fica sob o poder de assaltantes durante 30 minutos em Vicente Pires

Uma mulher passou cerca de 30 minutos de terror na tarde desta segunda-feira (27) em sua própria casa quando foi assaltada por três pessoas, na rua 10, em Vicente Pires. Por volta de 13h30, a dona de casa A.C.F, 19 anos, foi atender a campainha para uma mulher que se identificou como fiscal da Receita Federal. Quando abriu a porta, dois homens encapuzados, armados com pistolas, a renderam e invadiram sua casa.

A dona de casa ficou cerca de 30 minutos em poder dos bandidos que levaram seu veículo GM Corsa preto e R$ 3.400, além de seu celular.

Segundo o policial, Jildenou Valentin, da 38ª DP (Vicente Pires) ainda não há suspeitos do assaltante e a polícia se encontra em diligências atrás dos mesmo.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Mototáxi no Vicente Pires

Não tem microônibus, as linhas de ônibus são poucas e para fazer pequenos trajetos, como ir da EPTG para uma chácara na Rua 5 próxima à Estrutural (3 km aproximadamente), você tem que passear por todo o Vicente Pires (40 minutos no mínimo). Resultado: os mototáxis resolvem o problema.
Abaixo reportagem do Correio de 06/10:

Motos enfileiradas uma ao lado da outra. Um capacete pendurado no guidom e o outro preso na garupa por uma rede. Em placas, faixas ou pintado na parede, o anúncio da prestação de um serviço clandestino, mas que ocorre livremente em várias cidades do Distrito Federal, sob o olhar desatento das autoridades. São mototáxis ou, para quem não conhece, o transporte remunerado de passageiros em motocicletas. No DF, estima-se em 1,2 mil o número de mototaxistas sindicalizados. No Brasil, são cerca de 500 mil, segundo a entidade de classe.

Na última quinta-feira, a reportagem do Correio passou o dia observando a movimentação em pontos de mototáxi de Vicente Pires, Gama e São Sebastião. E comprovou que a demanda pelo serviço é alta e, apesar de irregular, a atividade é escancarada para quem quiser ver. Homens e mulheres de todas as idades são levados de um ponto a outro da cidade. A diarista Rosilene Pereira, 25, está entre os clientes. Ela confessa: acha inseguro andar de moto. “Mas os ônibus demoram demais a passar.”

A prestação de serviço ocorre de duas maneiras: o cliente vai até o ponto e contrata a corrida ou liga e o mototaxista vai ao encontro dele. Os preços variam se o lugar é perigoso ou não ou conforme a distância e o horário. A corrida mais barata, geralmente na mesma cidade, custa a partir de R$ 2. É mais caro que a passagem de algumas linhas de ônibus (R$ 1,50). No entanto, é mais cômodo e rápido, argumentam os usuários. Já para o Plano Piloto, sai pela metade do preço de um táxi: R$ 25.

A primeira parada do Correio foi em Vicente Pires, perto do viaduto de Águas Claras. Quando a reportagem chegou, às 11h, havia sete motocicletas estacionadas em frente à empresa de mototáxi. Em 30 minutos, apareceram sete clientes e outros seis motociclistas saíram após atender o chamado pelo telefone. Durante esse tempo, motociclistas e passageiros usaram o capacete, com exceção de um motoqueiro que arrancou na moto com o equipamento de proteção na altura da testa.

Discagem gratuita
Em todos os pontos de mototáxi observados pela reportagem, o serviço é oferecido 24 horas. São comuns frases vendendo facilidades como “de porta a porta” e até números de discagem gratuita ou de ligação a cobrar.

Se o chamado é no fim de semana, algumas empresas cobram uma taxa extra de R$ 1. A violência também encarece o serviço (veja arte). “Se no lugar tiver muito assalto ou pontos de droga, aí é mais caro. E, depois da meia-noite, uma corrida que sai por R$ 3 sobe para R$ 7”, contou Cleuton Benis da Cruz, 23 anos, usuário assíduo de mototáxi em São Sebastião. “Sei que não é seguro porque muitos motoristas não respeitam o motociclista. E tem motoqueiro que abusa. Mas é mais rápido.”

É de mototáxi que a assistente administrativa Waldira Mendes da Silva Pereira, 42, vai ao trabalho e volta para casa. Ela não usa calça comprida. Por isso, senta-se de lado na garupa. “Não tenho medo”, disse. Apesar de o Código de Trânsito Brasileiro não proibir o carona de andar de lado, essa posição não é recomendada. “O mais seguro é andar com uma perna de cada lado para não comprometer o equilíbrio do motorista”, alertou o gerente de Fiscalização do Detran, Silvaim Fonseca.

Entre os mototaxistas é comum ouvir relato de gente que entrou para a atividade após perder o emprego. Caso de Fernando Lira, 23 anos, há três no ramo de mototáxi. “Pago R$ 100 por mês para trabalhar no ponto e tiro uns R$ 800 por semana”, contou. Fernando reconhece que atua na clandestinidade. “Somos meio piratas, né? Mas o governo tem deixado a gente trabalhar. Não sei até quando”, comentou.

Lucas Santos da Silva, 31 anos, é o dono de um dos pontos de mototáxi observados pela reportagem em Vicente Pires. Ele está no negócio há três anos e abriga 28 motociclistas. Nem assim consegue atender a demanda. “Precisamos conseguir a legalização. Não queremos trabalhar escondidos de ninguém”, afirmou. O presidente do Sindicato dos Motociclistas autônomos do DF (Sindmototaxi-DF), Luiz Carlos Garcia Galvão, espera que o governo regulamente a atividade a exemplo do que fez com os motoboys. “A situação é irreversível. O caminho agora é o da legalização e controle”, defendeu.

Informado pela reportagem sobre a prática de mototáxi no DF, o subsecretário de Trânsito da Secretaria de Transportes, Délio Cardoso, considerou a denúncia grave. “Farei um comunicado ao secretário Alberto Fraga. Vamos abrir procedimento investigatório”, afirmou. Délio Cardoso lembrou que o serviço de mototaxista não é regulamentado pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e, portanto, quem desempenha a atividade faz o transporte “pirata”. “Intriga-me como o cidadão pode se valer deste tipo de transporte: irregular, anti-higiênico e arriscado”, criticou.